BEM VINDO AO VALE HISTÓRICO! História, fatos, cultura e aventuras das cidades de Silveiras, Queluz, Areias, São José do Barreiro, Arapeí e Bananal.!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Selo Militar de Cruzeiro-Vila Queimada durante a Revolução de 1932.


Mostra do carimbo dos documentos de comunicação do Exército das Forças Paulistas durante a Revolução Constitucionista de 1932, mostrando a referência regional da base de Cruzeiro e Região da Vila Queimada, percebe-se que na época a antiga ortografia utilizada na palavra "villa". Em 2008 a cidade de Cruzeiro recebeu através da lei estadual 13.203 o título de "Capital da Revolução Constitucionalista de 1932", em virtude dos marcantes episódios dos intensos conflitos entre tropas federais e paulistas ocorridos no município e  em toda região do Vale Histórico, devido a sua localização fronteiriça com os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. 

Fonte bibliográfica:
http://www.arquivoestado.sp.gov.br/memoria/index.php
http://www.abrafite.com.br/artigo55.htm

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Os pontos culminantes das Serras da Mantiqueira e Bocaina.


No Vale Histórico temos duas importantes serras que cortam nossa região, a Serra da Mantiqueira e a Serra da Bocaina. A Serra da Mantiqueira éé uma cadeia montanhosa que estende pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, na região dos municípios de Lavrinhas e Queluz recebe o nome de Serra Fina, onde possui as maiores elevações. Neste trecho está localizado o quarto ponto mais elevado do Brasil, a Pedra da Mina, com seus 2.798 metros de altitude, além outros picos como Pico dos Três Estados e Cupim de Boi, que também estão acima dos 2.500 metros. Na Serra Fina também ocorre as mais baixas temperaturas da região Sudeste, onde os termômetros tem registrado 10º Celsius negativo no período de inverno. 

Outra Serra que destacamos é a Serra da Bocaina, nome de origem Tupi, cujo significado é depressão numa serra ou cordilheira. Na verdade a Serra da Bocaina faz parte dos contrafortes da Serra do Mar, seu trecho compreende os municípios de Cunha, Silveiras, Areias, São José do Barreiro, Arapeí e Bananal, ou seja, localizando-se na porção Sul e sudeste do Vale Histórico. Diferente da Serra Fina, a Serra da Bocaina possui aspecto geológico de trechos amplos com várias depressões centrais e terrenos elevados nas regiões marginais, tanto no trecho voltado para o Vale do Paraíba, como também o trecho próximo ao litoral sul-fluminense onde apresenta grandes escarpas erosivas voltadas para as baias de Ilha Grande e de Paraty, seu ponto mais alto é Pico do Tira Chapéu, com seus 2.088 metros de altitude. Outro ponto muito conhecido é Pico do Frade, localizado no município de Angra dos Reis, que também faz parte do trecho da Serra da Bocaina, muito visitado pelos turistas devido as belas paisagens que misturam a vegetação serrana e litorânea.

Fontes de pesquisas bibliográficas: http://www.sbgeo.org.br

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Bairro do Salto em meados do século XX.


Imagem rara do Bairro do Salto em Queluz/SP, na divisa com o Estado do Rio de Janeiro, próximo ao distrito de Engenheiro Passos, registrada em meados do século XX, quando ainda a Via Dutra era utilizada em seu antigo trecho com pista única, que hoje encontra-se desativado. Também observa-se ao fundo a antiga e primeira Ponte de Pedra da Ferrovia D.Pedro II (Ferrovia Rio-São Paulo) e várias moradias lindeiras que constituía o Bairro do Salto às margens do Rio Paraíba do Sul, que neste trecho era popularmente chamado pelos moradores locais de "Garganta do Salto", devido ao estreitamento do rio que segundo contos populares: "Poderia-se até atravessar o rio com um pulo de uma margem a outra". Em 1969, com a construção da represa hidroelétrica do Funil em Itatiaia, houve elevação das águas do Rio Paraíba do Sul, ocasionando a extinção do vilarejo!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Ferrovia Rio-São Paulo, recorte do mapa no trecho do Vale Histórico


Recorte do mapa ferroviário no trecho do Vale Histórico, em 1898, quando já interligava São Paulo ao Rio. Sob a denominação de Companhia Estrada de Ferro D. Pedro II, teve sua inauguração em 29 de março de 1858, com trecho inicial de 47,21 quilômetros construídos, da Estação da Corte a Queimados, no Rio de Janeiro. Logo se tornava uma das mais importantes obras da engenharia ferroviária no território brasileiro, na transposição dos 412 metros de altura da Serra do Mar, com a realização de colossais cortes, aterros e perfurações de túneis, entre os quais, o Túnel Grande com 2.236 m de extensão, na época, o maior do Brasil, aberto em 1864.
A Estrada de Ferro D. Pedro II, com o avanço e trabalho contínuo de seus operários e técnicos, transformou-se na Estrada de Ferro Central do Brasil em 1889, contribuindo para o grande desenvolvimento econômico no eixo Rio-São Paulo. Em 08 de julho de 1877 ocorre a união dos trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II com Estrada de Ferro São Paulo
Assim por décadas, adentrando ao século XX, a linha férrea Rio-São Paulo foi responsável pela grande movimentação econômica entres estas duas grandes cidades, com diversas cargas e transportes de passageiros. Mas a partir dos anos 60, devido a política de incentivo do transporte rodoviário instituído pelo Governo Federal de Juscelino Kubitschek, para atrair as indústrias automobilísticas ao nosso País, as ferrovias foram deixadas em segundo plano, ocasionando o sucateamento da malha ferroviária em boa parte do território nacional.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Francisco das Chagas Lima, o catequizador dos Índios Puris em Queluz.

No dia dezenove do mês de abril, comemoramos o Dia do Índio, oportunidade para destacar um importante papel desempenhado por Francisco das Chagas Lima, nascido em 1757 na cidade de Curitiba-PR, foi pioneiro na catequese indígena, procedente de uma família de homens ligados ao clérigo, foi habilitado Presbítero secular em 1780 no Bispado de São Paulo. Sacerdote do hábito de São Pedro foi por quatro anos o vigário na Aldeia de São João de Queluz, atual município de Queluz, localizado na região do Vale Histórico, onde administrou a instrução religiosa aos índios Puris.

Neste período a região do Vale Histórico concentrava vários aldeamentos desta etnia indígena, sendo os principais: Aldeamento dos Campos Alegres, hoje município de Resende no Estado do Rio de Janeiro; Aldeamento de Bananal, Aldeamento da Garganta do Embaú, entre as cidades de Cachoeira Paulista e Cruzeiro; Vila Queimada, na divisa entre Lavrinhas e Queluz; além de outros redutos na região do Vale Paraíba fluminense e paulista.

Francisco das Chagas Lima também atuou na colonização dos Campos Gerais, região que compreende atualmente o Estado do Paraná, na expedição enviado por Dom João com intuito de fixar e proteger as terras e fronteiras do território brasileiro frente ao avanço dos colonizadores e povos espanhóis. Em Guarapuava, foi o fundador da belíssima Catedral desta cidade paranaense.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Malba Tahan, escritor e matemático Júlio César de Mello Souza.

O professor de matemática Júlio César de Melo e Sousa nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de maio de 1895, seus pais eram João de Deus de Melo e Sousa e Carolina Carlos de Melo e Sousa.

O escritor árabe Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan, mais conhecido como Malba Tahan, nasceu dez anos antes, em 1885, na Península Arábica, em uma aldeia conhecida como Muzalit, próxima do centro islâmico dos muçulmanos, a cidade de Meca. Ao longo de sua trajetória, ele foi convidado pelo emir Abd el-Azziz ben Ibrahim a ocupar o posto de queimaçã, ou seja, prefeito, de El-Medina, município da Arábia. Ele realizou seus estudos em Constantinopla e no Cairo. Com apenas 27 anos se tornou detentor de grande herança paterna e passou a viajar pelo Japão, Rússia e Índia. Malba faleceu em 1921, no auge de um combate pela independência de uma tribo da Arábia Central.

Mas o que há de comum entre Júlio César, o matemático brasileiro, e Malba Tahan, o escritor árabe? Embora pareça não haver nenhuma conexão, ambos são na verdade a mesma pessoa. Malba Tahan é o heterônimo ou o pseudônimo de que se vale o professor para criar suas histórias. Tamanha é a sua criatividade que ele mesmo inventou sua biografia fictícia, além dos inúmeros contos semelhantes aos enredos das Mil e Uma Noites. Aproveitando o contexto, ele também disseminou amplamente a Matemática através de suas obras. O escritor recebeu inclusive a concessão especial do então Presidente Getúlio Vargas para ter seu heterônimo impresso em sua carteira de identidade.

Júlio cresceu e viveu sua infância em Queluz-SP, onde começou desde pequeno a desenvolver sua natureza criativa e autêntica. Suas histórias criadas, quando ainda menino, eram enriquecidas de personagens com nomes fantasiosos, como Mardukbarian, Protocholóski ou Orônsio. Em 1905 ele retorna para sua terra natal com o objetivo de estudar, período em que frequentou o Colégio Militar e o Colégio Pedro II. Mais tarde, em 1913, ingressou na Faculdade de Engenharia Civil da Escola Politécnica.

Como professor, suas aulas eram dinâmicas e com muito entretenimento, diferenciando das tradicionais das aulas tediosas.

De imaginação sem fronteiras em seus romances e contos, seu livro mais conhecido, O Homem que Calculava, ele apresenta, por meio das proezas de um personagem persa que se devota aos cálculos matemáticos, uma infinidade de questões e desafios matemáticos, seguindo o estilo das narrativas de Mil e Uma Noites. Monteiro Lobato foi um dos grandes escritores que admirou sua obra.

Os contos de Malba normalmente se passavam no Oriente, como seria de se esperar de seu heterônimo. O matemático e escritor estava sempre à frente de seu tempo, sendo muitas vezes incompreendido. Hoje sua atuação na educação começa a ser revista e valorizada. Neste esforço de reconhecimento da sua obra, foi fundado o Instituto Malba Tahan, em 2004, na cidade de Queluz, visando retomar seu trabalho, desenvolvê-lo e conservar na memória sua herança cultural, mantendo-a viva e ativa. Também em sua honra o dia 6 de maio, que marca seu nascimento, foi estabelecido como o Dia da Matemática pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.

Júlio César faleceu em 18 de junho de 1974, acometido de um ataque cardíaco no hotel em que se encontrava hospedado na cidade de Recife-PE, após uma palestra ministrada.

Mais informações e pesquisas, acessem:

Fonte de adaptação do texto original de Ana Lucia Santana:

http://www.infoescola.com/biografias/malba-tahan/

Fonte bibliográfica:

http://www.malbatahan.com.br/

http://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BAlio_C%C3%A9sar_de_Melo_e_Sousa

Queluz, deslizamento de encosta na Serra da Mantiqueira

Deslizamento de terra na Serra da Mantiqueira, em Queluz, ocasionou a paralisação do fornecimento de água ao município neste domingo (01 de janeiro de 2012), entretanto técnicos da companhia de abastecimento da cidade já atuam na regularização desta situação, maiores detalhes:

terça-feira, 1 de novembro de 2011

VILA QUEIMADA - ACERVO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO

Vila Queimada, antigo vilarejo situado entre os municípios de Queluz e Lavrinhas, hoje já não existe mais, devido a construção da Barragem da Central Hidroelétrica de Queluz, que teve sua topografia e relevo modificada pelo represamento das águas do Rio Paraíba do Sul, suas moradias ainda remanescentes da época em que era vila e estação ferroviária foram demolidas em 2010, durante as obras desta barragem. Contudo as imagens e os registros sempre permanecerão com parte da história dos queluzenses e lavrinhenses.



Imagem do Rio Paraíba, sob intervenção de obras em seu leito durante a construção da barragem de Queluz.

Vista parcial das moradias remanescente do vilarejo, imagem também mostra o Pontilhão de Vila Queimada sobre o riacho que nasce no município de Silveiras e que faz divisa dos municípios de Queluz e Lavrinhas.


Imagem da antiga Estação de Vila Queimada, ponto de embarque de passageiros e cargas (economia agropecuária da região), sobretudo no início do século XX, quando o transporte e malha ferroviária se expandia pelo Brasil.

Devido a existência da Estação de Vila Queimada, como ponto de embarque e movimentação de cargas pelo transporte ferroviário, havia um posto fiscal que tinha como objetivo coletar impostos ao governo paulista, o registro deste fato é comprovado pelo decreto da Secretaria da Fazenda estadual de SP de nº 4695 de 14/02/1930, em que determina que todo tributo recolhido no posto fiscal do vilarejo fica subordinado à Coletoria de Queluz-SP, ou seja Vila Queimada tinha sua representatividade econômica no início do século XX.

Em Vila Queimada, com seus moradores, com sua estação ferroviária, necessitava de uma escola para que seus moradores locais tivessem a oportunidade e acessibilidade à educação, visto que esta vila ficava distante das cidades de Queluz e Lavrinhas aproximadamente quinze quilômetros, sendo assim foi decretado pelo Secretário estadual, em 1895, a instalação de uma escola preliminar, que hoje seria de ensino fundamental.

Fonte: http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1895/lei%20n.378,%20de%2004.09.1895.html

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

FESTA NACIONAL DO TROPEIRO 2011 - SILVEIRAS SP

Agosto é mês da grande Festa Nacional do Tropeiro em Silveiras/SP, este ano será a 30ª edição do principal evento que mantem aceso a história e cultura do tropeirismo na região do Vale do Paraíba. A abertura das festividades será no dia 18 com o Rodeio Profissional e o grande dia das comemorações da festa, com missa, desfile de tropa, carro de boi, tradicional almoço e outras atrações será no domingo dia 28/08. Este ano, como nas edições anteriores, haverá muita animação e participação daqueles que apreciam este movimento cultural, com suas montarias, trajes e costumes do tropeirismo. Uma boa festa a todos!
A programação completa está no endereço abaixo:

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

ORIGEM DO VALE HISTÓRICO DAS TERRAS DE LORENA


HISTORIA DE LORENA: O núcleo inicial da povoação surgiu no fim do século XVII ao redor das roças de Bento Rodrigues Caldeira, com o nome de Porto de Guaypacaré. Em 1705, tornou-se Nossa Senhora da Piedade após a construção da Guarapiraca da cidade à Santa de mesmo nome feita com doações de Bento Rodrigues Caldeira, João Bosco de Almeida e Pedro da Costa Colaço. Lorena se tornou freguesia em 1718 e foi elevada à categoria de Vila em 14 de novembro de 1788, com o nome de Lorena por decreto do Capitão-General Bernardo José de Lorena, então governador de São Paulo. A Vila de 1788 tornou-se cidade em 1856. Na década anterior havia tomado parte, ao lado de Silveiras, na Revolução Liberal de 1842, dominada pelo Duque de Caxias. Passara, então, a pertencer à província do Rio de Janeiro, castigo que durou pouco tempo, pois já no ano seguinte voltou à província de São Paulo.
Lorena, por sua vez, vinte e oito anos após sua elevação como município, sofreu desmembramentos em suas terras:
Primeiro desmembramento: em 1816 ocorre a emancipação de Areias, incorporando terras de Bananal, Silveiras, Queluz, São José do Barreiro e Lavrinhas, perfazendo uma área de 2.487 km², ou seja, correspondente a aproximadamente 70% da área original do município das Terras de Lorena.
Segundo desmembramento: Em 06 de março de 1871 cria-se a unidade política VILA DA CONCEIÇÃO DO CRUZEIRO dando início do surgimento da cidade de Cruzeiro; em 1880 Cachoeira Paulista e em 1891 Piquete
E por fim, em 1993, Canas obtém sua emancipação política, desmembrando-se de Lorena, se tornando o mais novo município da região.
Mapa infográfico produzido por Eduardo Fabiano Correia

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